sábado, dezembro 02, 2006

Novos e Outros Ventos

Ás vezes gostaria de estar no sítio onde as ondas
morrem na areia e desfazer-me em espuma.
Aí, perdem-se para sempre, como se não existisse
nada senão a altura das árvores,

ou perder-me para sempre por nada ser para sempre,
nada eterno ou cristal como a eternidade
de morrer e inventar a casa.

Os ventos frios vão e vêm. São pássaros,
como as marés que vão de um rio a outro
e voltam à mesma água.

Francisco José Viegas

1 comentário:

Maria Romeiras disse...

Os ventos frios que esperamos sempre que se afastem. Bom, ler Francisco José Viegas pela manhã.