quinta-feira, outubro 12, 2006

Fado da Memória

Não sei voltar ao passado
onde mora a nossa vida
vejo-te sempre ao meu lado
e não encontro saída

Cai a noite como dantes
mas qualquer coisa morreu
Porque estamos tão distantes
Quem és tu? E quem sou eu?

Já nem nos versos consigo
encontrar consolação
Nas palavras que te digo
ardeu o meu coração

Só queria ficar atento
ao que a lua ainda me diz
Queria ouvir a voz do vento
e aprender a ser feliz

Vaguear na noite escura
fingir que ainda estás aqui,
ir outra vez à procura
do que resta de ti

Fernando Pinto do Amaral

3 comentários:

Anónimo disse...

...tão bonito! :)

Mrs F. disse...

Estive ao teu lado um ano vejo quanta coisa me escapou de ti...Delicio-me com os poemas que aqui reproduzes,para quando algo da tua autoria? Intuo que terás muito que expressar.

Moisés Gaudêncio disse...

Olá!

Pois... parece-me que essa sensação é mútua. Quando nos voltarmos a ver já não vai ser com os mesmos olhos.
Fico feliz quando os amigos gostam das coisas que ponho aqui e que de uma forma ou de outra se consegue estabelecer um diálogo.

Ás vezes as palavras dos outros dizem tudo...